A caminhada usual do público na Cidade do Rock, do palco Mundo para o Sunset, teve rota alterada neste sábado (21) de “Dia Brasil”.
Quando o show de trap acabou no palco principal por volta das 18h, uma multidão de jovens deixou de lado o show “Para sempre: samba” e caminhou para o Espaço Favela, onde se apresentaram nomes do funk paulistano no “Para Sempre: Funk”.
O palco Mundo teve atraso de mais de uma hora antes da apresentação dos trappers, por problemas técnicos. O atraso causou efeito cascata nas outras atrações e provocou mudanças na ordem dos shows.
O palco Favela teve atrações invertidas de última hora. O funk paulistano, que fecharia a noite, entrou antes dos funkeiros cariocas e encontrou um público digno de um palco maior.
Cantaram MC Don Juan, MC PH, MC Dricka, MC Hariel, MC IG e Livinho, este o mais celebrado.
Mais cedo, Livinho se envolveu em polêmica na internet: o funkeiro dançou e atrapalhou a passagem de uma repórter da TV Globo que noticiava ao vivo um acidente com mortos na serra das Araras.
A apresentação do funk paulistano foi um dos mais potentes do palco Favela, com som mais alto do que o usual e público engajado, sabendo as letras de cor.
Todos cantaram letras originais, sem poupar o público dos palavrões, discurso ácido e letras sobre sexo. MC Dricka cantou “Soca no Rabetão” e se intitulou “rainha da putaria”. Livinho cantou “Fazer Falta”, “Novidade na Área” e explorou sua potência vocal. MC Don Juan empolgou com “Amar, Amei”.
Hariel, que se apresentou no mesmo palco Favela no último domingo (15), se apresentou com “Lei do Retorno”, “Até o Sol Raiar” — ironicamente no momento em que começou a chover pela primeira vez no festival —e “A Dança”, gravada com participação de Gilberto Gil.
MC IG e MC PH também cantaram seus sucessos, ajudados por um público que não dispersou nem com a chuva.