Com investimento inédito de mais de R$ 4 milhões, o Governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (Setur-SP) inauguraram as primeiras estruturas náuticas de uso público nos municípios de Pederneiras, às margens do Tietê; em Timburi, banhado pelo Paranapanema; e Avaré, na represa de Jurumirim.
O secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena, assinou o convênio transferindo a operação das passarelas, píeres flutuantes e sistemas de ancoragem, além de apoios em terra para a prefeitura de cada um dos municípios.
As cerimônias aconteceram na presença dos prefeitos anfitriões, deputados estaduais, representantes da Marinha do Brasil e autoridades locais. “É uma realização que nos enche de orgulho porque cria novas oportunidades a partir do potencial dos rios de SP e ajuda a desenvolver a economia do turismo gerando empregos de forma sustentável”, disse o secretário Lucena.
As estruturas náuticas estimulam a parada de barcos, lanchas e motos aquáticas; facilitando o embarque e o desembarque de passageiros. A entrega é resultado de um plano de desenvolvimento de grande impacto em 13 municípios do interior paulista: Araçatuba, Pereira Barreto, Rubineia, Três Fronteiras, Fartura, Piraju, Sales, Mira Estrela, Presidente Epitácio, Rosana, Pederneiras, Timburi e Avaré.
Em Pederneiras, a secretaria investiu R$ 1,3 milhão nas estruturas náuticas; em Timburi, R$ 1,32 milhão; e em Avaré, R$ 1,39 milhão. Se considerados os 13 municípios paulistas contemplados pelo projeto, foram R$ 30 milhões em recursos do Governo de SP, investimentos que devem elevar o número de turistas e excursionistas, que atualmente não ultrapassa 1,82 milhão por ano, para 3,12 milhões até 2032.
Já a movimentação financeira direta e indireta nestes municípios deve triplicar: de R$ 138 milhões por ano para mais de R$ 523 milhões no mesmo período, segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET).
São Paulo tem um dos maiores potenciais para o turismo náutico do continente. São 4.200 Km de rios navegáveis e mais de 50 grandes reservatórios cercados por vegetação, além de 880 Km de costa marítima. O turismo náutico é uma forma sustentável de desenvolver um destino e aproveitar as riquezas naturais que ele possui, além de promover a consciência ambiental e gerar emprego e renda para a população. Ao classificar as estruturas náuticas como infraestruturas de interesse público, o Governo de SP induz o desenvolvimento de toda a cadeia, com amplo impacto socioeconômico.
Setor em alta
O turismo náutico cresceu no Brasil e no mundo nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. A procura por ambientes abertos e pelo contato com a natureza elevaram a procura dos turistas a fazer a locação de barcos, lanchas e motos aquáticas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), com crescimento de 10% ao ano, nos últimos cinco anos.
Estima-se que uma instalação de apoios náuticos para 300 embarcações tenha impacto direto, indireto e induzido de R$ 141 milhões por ano na economia local e garanta 780 postos de trabalho, de acordo com a Acobar e a Lidera Consultoria. Os empregos são gerados de forma direta e indireta em instalações como marinas, estaleiros, fabricantes e fornecedores de embarcações, além de hotéis, restaurantes e comércio local.
Potencial e investimentos públicos
O Programa de Estruturas Náuticas do Governo de São Paulo tem a finalidade de atender às necessidades da navegação de esporte, turismo e lazer. Também contribui com o uso sustentável das águas paulistas, organizando a entrada e saída das embarcações e mantendo a biodiversidade ambiental em suas margens. O programa ainda é indutor de investimentos, estruturação e fomento, com foco no aumento de fluxo turístico, receita e empregos nos municípios, a partir da qualificação da atividade náutica.
Com o programa foi lançada uma cartilha com o passo a passo de como implantar uma infraestrutura náutica e uma página com informações com as disponibilidades de atividades para o turista usufruir do turismo náutico no estado. Ainda este semestre, o turismo náutico se torna política pública com a aprovação do Plano Estadual de Turismo Náutico de SP, construído em colaboração com os municípios, empreendedores e população.
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