Jovem com a “pior dor do mundo” revela o real motivo de parecer melhor

Diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, Carolina Arruda explica que seu aparente brilho nas redes não significa cura, mas aceitação da dor.


Foto – Carolina Arruda Reprodução/instagram

Carolina Arruda ficou conhecida em todo o país ao expor nas redes sociais a rotina de quem convive com a chamada “pior dor do mundo”. Diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, uma condição neurológica rara e extremamente dolorosa, a jovem comoveu seguidores ao compartilhar um desabafo sobre o que muitos acreditaram ser um sinal de melhora.

Tudo começou quando uma seguidora comentou em uma de suas publicações, notando uma aparente mudança no semblante da influenciadora. “Passando só para dizer que estás com um brilho diferente, uma alegria… É muito bom te ver assim”, escreveu a internauta, em tom de esperança.

Mas a resposta de Carolina surpreendeu. “Eu acho que esse brilho diferente que vocês estão falando é porque eu entrei numa fase em que já me conformei com tudo”, explicou. “Agora que estou tentando aproveitar alguns momentos em que a dor está mais tolerável, suportável. E aí eu aparento estar melhor, mais feliz, mas são raros esses momentos”, desabafou.

A sinceridade da jovem emocionou quem acompanha sua luta diária contra a neuralgia do trigêmeo — uma dor crônica que acomete o sistema nervoso e afeta diretamente o nervo responsável pela sensibilidade do rosto. Segundo o Hospital Albert Einstein, trata-se de uma das dores mais intensas já descritas pela medicina, chegando a ser incapacitante.

“O principal sintoma da neuralgia do trigêmeo é a dor aguda, intensa, tipo choque ou pontadas. Uma dor penetrante no rosto, que atinge a face, geralmente de um dos lados, atingindo um ou mais dos três ramos do nervo trigêmeo que inervam as seguintes regiões da face: a parte inferior do rosto na região da mandíbula, ou a maçã do rosto, ou a região ao redor do olho. A dor dura de alguns segundos até alguns minutos”, explica o hospital em publicação oficial.

Mesmo enfrentando crises intensas e imprevisíveis, Carolina encontrou forças para transformar sua dor em voz. Ao compartilhar sua realidade sem filtros, ela ajuda a dar visibilidade a uma condição pouco conhecida, e mostra que, por trás de um sorriso, pode existir uma batalha silenciosa pela própria vida.